Para começar, uma ideia precisa de uma equipa de gestão forte, de um plano de negócios sólido e, claro, de apoio financeiro. De acordo com a revista Forbes, uma das primeiras perguntas que uma empresa de capital de risco interessada fará é: “Tem uma grande equipa de gestão? Podem, enquanto fundadores, desenvolver, comercializar e distribuir a vossa ideia e torná-la financeiramente viável?

Nas fases iniciais, os empresários concentram-se normalmente na adaptação do seu produto ou serviço a um mercado-alvo. Para continuar o crescimento das vendas e a satisfação dos clientes, as empresas precisam de compreender continuamente os seus clientes a vários níveis. Quando se trata de publicidade, por exemplo, é importante saber que o que uma pessoa pode achar divertido pode ser visto como ofensivo para outra. Como é que uma empresa pode adquirir este conhecimento de forma inata e continuar a crescer? É aqui que entra em jogo a ideia de diversificação. Quando uma empresa em fase de arranque envolve empregados que têm características em comum com os seus clientes, toda a equipa beneficia. A sua equipa de gestão terá um conhecimento interno dos gostos e desgostos de uma variedade de grupos etários, origens culturais, línguas faladas, etc. A partir daí, um produto ou serviço mais preciso pode evoluir e tornar-se mais atractivo para o consumidor.

A diversidade no local de trabalho não é uma ideia nova, mas deve ser reanalisada, uma vez que pode beneficiar uma empresa e a sociedade no seu conjunto. Ocorre quando uma equipa de gestão é composta por pessoas inatamente diferentes. As diferenças podem variar entre religião, raça, idade, género, educação, personalidade, etc. Todas estas pessoas partilham um objectivo comum, mas trazem talentos e características únicas para o processo de tomada de decisão. Estudos demonstraram que este tipo de equipas tem mais probabilidades de tomar decisões com base em factos do que no que já foi feito anteriormente. As suas diferentes perspectivas mantêm afastados os preconceitos na tomada de decisões, o que resulta em soluções mais criativas e viáveis. O seu leque de competências, experiência e talento pode dar a uma empresa uma vantagem competitiva em relação a uma empresa que apenas tem um ponto de vista singular, como cita Linda Emma em Chron back in: “Vantagens e Desvantagens da Diversidade no Local de Trabalho”.

De acordo com Josh Greenberg em “Diversity in the Workplace: Benefits, Challenges and Solutions”, uma equipa diversificada pode também criar um ambiente de maior aceitação cultural no local de trabalho. Quando se partilham vários pontos de vista, a equipa sente-se mais confiante para partilhar as suas próprias ideias e para ter um desempenho de alto nível. Isto ajuda a construir uma reputação positiva no sector e atrai pessoas mais qualificadas e talentosas. Além disso, a equipa está mais bem posicionada para fornecer uma gama mais vasta de serviços, graças às suas competências complementares, e pode atingir um mercado mais global.

Construir a sua empresa com uma equipa diversificada é um desafio e exige esforço e empenho para o conseguir. Os benefícios, no entanto, podem valer bem o tempo gasto. De acordo com a Harvard Business Review, “as empresas diversificadas têm 45% mais probabilidades de aumentar a sua quota de mercado e 70% mais probabilidades de adquirir uma gama mais vasta de mercados”. Num mercado competitivo, isto pode ser um factor de mudança.

Então, como é que uma empresa em fase de arranque pode atingir estes objectivos nos primeiros anos? Uma opção relativamente nova é considerar a iniciativa do Ministério do Interior conhecida como o programa “Innovator Visa”. Criado em 2019, este programa fornece uma plataforma de visto de entrada para estrangeiros que procuram residir no Reino Unido. Para obter o visto, o empresário estrangeiro tem de criar uma nova empresa no Reino Unido ou, o que é interessante, pode juntar-se e investir numa empresa britânica em fase de arranque, antes de obter receitas. Este investimento exige que o empresário participe activamente na equipa de arranque. Podem enriquecer a equipa com a sua experiência, formação e perspectiva global diversificada. Estão entusiasmados por se mudarem para o Reino Unido e por se tornarem um interveniente activo na economia britânica. A empresa em fase de arranque beneficia de uma injecção financeira significativa e da oportunidade de diversificar a sua equipa de gestão. A Latitude Consultancy UK é um dos poucos prestadores de serviços que ajuda a facilitar o processo de candidatura a este visto de entrada. A empresa procura clientes em todo o mundo e procura empresas em fase de arranque que estejam abertas a este tipo de investimento.

Eric Major, CEO, afirma: “É um pouco como uma plataforma de serviço de encontros em que trabalhamos para combinar personalidades, competências e interesses tanto do investidor como da equipa da startup. Desde 2019, fizemos várias combinações bem-sucedidas. Este programa pode ser verdadeiramente visto como uma equação “win-win”. O empresário britânico obtém um investimento de capital significativo do cidadão estrangeiro, sem qualquer custo, e o investidor começa a sua jornada a viver e a trabalhar no Reino Unido”. Para se qualificar para este tipo de investimento, uma nova empresa deve cumprir determinados critérios, incluindo o facto de ser pré-receita e pré-negocial. A ideia é que o estrangeiro se junte à equipa nas fases iniciais e apoie a empresa em fase de arranque antes da concretização das vendas.

Para mais informações sobre o programa Innovator Visa, consultar o sítio Gov.UK ou o sítio Latitudeworld.com

Este artigo foi publicado originalmente na StartUps Magazine e pode ser consultado aqui.